Amigos, hoje meu post está um tantinho maior que o habitual. Porém, o assunto é importantíssimo e merece mesmo um pouco mais da nossa atenção.
Já li muito sobre ser mãe, sobre maternidade e tudo o que essa "virada" acarreta em nossas vidas.
Já busquei, tentei entender e enveredei (inconscientemente) tanto pro lado racional, desse capítulo do livro de nossas vidas - que na verdade é o maior e mais importante, vejo como aquele que acaba sendo responsável por todo o restante do curso da história - que acabei por me perder mais. Concluí que não era esse o caminho. Eu tinha mesmo era que sentir, não tentar entender.
A questão aqui passa pela essência feminina, pelo mais profundo e bruto de nossa fórmula e quando o assunto é esse, alma feminina, ou quando esbarra nesse "detalhe", não há como ignorar instintos, sentimentos e tudo o mais que envolva coração. Pois é, e como ser mãe é, acima de tudo, cuidar, conviver e dedicar-se, e ser mulher com M maiúsculo é ser também a melhor das profissionais, segurar as pressões e massacres do nosso adorável mundo moderno, deu-se inicio aqui o grande conflito entre, digamos... o "eu e o eu mesma".
Um lado queria entregar aos filhos toda essa atenção e dedicação, integralmente, o outro ( aquele de mulher maravilha moderno descolada), me cobrava para ser, no mínimo, super profissional, a provedora.
Deu pra imaginar?
Sim, isso deu direito a todo tipo de questionamentos e tristeza.... mas, como legítima bicha fêmea, optei (ao menos por enquanto), por dedicar-me aos pimpolhos, definitivamente não dá pra deixá-los.
Como disse inicialmente, procuro ler muito sobre o asssunto, não somente o lado florido do Ser Mãe, mas principalmente o que me fez rever conceitos, focos e sentimentos desde que Sofia e logo depois o Theo, passaram a fazer parte da minha vida e da do Sandro.
Nesta busca constante, ontem conheci o manifesto do
Grupo Cria (alguns muitos blogueiros já conhecem), através do
blog da Fê, e acabei me inspirando pra falar sobre o assunto; e falar sobre isso ( tema delicado e complexo, pra não dizer polêmico), amparada por ideias tão relevantes e pertinentes, é muito mais tranquilo.
Enfim, li, assinei e a-mei a iniciativa e a filosofia do grupo, assim como a Fê, estou indicando pra vocês:
vejam aqui.
Já adiantei também alguns tópicos do manifesto que falam muito mais e melhor que qualquer frase minha, sobre o assunto, e porque maternidade é mesmo, coisa séria.
MANIFESTAMOS PELAS MÃES
Mãe que dá o melhor de si e convive com a crônica sensação de que nada é o suficiente.
Mãe de carne, osso e vísceras que, ao se perceber humana, sente-se cada vez mais distante do ideal de devoção da Santa Mãezinha. E por isso se culpa.
Mãe mulher, dona de casa, profissional e amante, que segue passo a passo as dicas das revistas femininas para conciliar seus inúmeros papéis e virar “super”, mas ainda não encontrou sua capa.
Mãe que vive em uma sociedade que a glorifica, ao mesmo tempo em que a obriga a terceirizar a criação dos seus filhos. Seja por necessidade, independência ou reconhecimento. Como se, em qualquer um desses casos, essa não fosse uma decisão extremamente difícil.
Mãe pobre que, quando opta pelos filhos, é acomodada. Quando rica, é madame. E, quando profissional, é ausente.
MANIFESTAMOS PELA MATERNIDADE
E, portanto, pela liberdade de sentir. De seguir os instintos. De viver em plenitude emoções e sentimentos totalmente femininos. Pois negá-los, seria abrir mão daquilo que faz da mulher, um ser único.
Manifestamos pelo direito de cada mulher escolher o papel que melhor lhe cabe no momento. Sem se sentir pressionada, desmerecida ou julgada pelo que decidiu não ser.
Beijão pra Fê, o post sobre o Cria foi tudo, assim como todos os outros do Mamma!
Beijo especial pra Clau, minha cunhada fofa, e é mãe das que aplaudo de pé!
Beijão carinhoso pra todos!