Não dá mamãe... eu tento, mas continuo ansiosa...
(frase da Sofia, em uma de nossas conversas)
Tal pai, tal filho... ou filho de peixe, peixinho é. Comum ouvirmos, quando o herdeiro tem nossos traços, ou nossa personalidade.
Sou altamente ansiosa. Mesmo; pra tudo. Filhota ídem.
Dia desses, papeando e entregando uns exames à minha ginecologista - super médica, super amiga - ouvi:
Da minha parte está tudo ok, apenas tenho te observado meio... ansiosa. Se quiser te indico uma boa especialista.
Provavelmente nem fiz cara de surpresa. Olhei concordando (sorriso pálido), peguei o contato da Dra. Camila, agradeci e, mais tarde, liguei.
E minha filha, análise também? Certamente não. Ao menos, não agora. Sinto mais a questão como minha, do que dela, propriamente. De uma forma ou de outra, acho que acabo por transferir o problema para ela - e para o Theo - no dia a dia, no convívio.
Anualmente, quando renovamos o contrato de matrícula dos dois no colégio, recebemos junto, uma ficha de saúde, composta por algumas perguntas, inclusive se as crianças fazem acompanhamento psicológico, o que é comum nos dias de hoje. Porém, o que percebo nas reuniões, em depoimentos de coordenadores, professores e médicos, somados a algumas pesquisas, é muito mais a ausência e agenda lotada dos pais, que problemas de ansiedade, depressão ou qualquer outra coisa, configurada nas crianças em si. Também é comum falta de diálogo e tempo por parte dos responsáveis, para ouvir e interagir com sua prole.
Complicado? Bastante, pois tudo o que esse problemão envolve, passa por um ciclo, muitas vezes difícil de ser querbrado. Horários, compromissos, metas, rotina...
Ainda inspirada pela Vogue Kids (que trouxe muita matéria legal, fora as doçuras e fofurices para a criançada), e outras publicações, iniciei uma roda sem fim de pensamentos sobre o assunto; me preocupei. Concluí que não quero, por mais "tranquilo" que seja, levar, desde já, meus filhos para a terapia.
Talvez no futuro. E sem abusos.
E mais: é fato que o estilo de vida dos pais, entre outras coisas, influencia a saúde física e emocional dos filhos e que hoje, tornou-se mais natural "terceirizar" os problemas, do que tentar observar a origem do enigma e buscar mais proximidade com os pequenininhos. Como consequência, nos sentamos ainda na infância, na cadeira do analista.
Imagem: Vogue Kids
E você, o que pensa sobre o assunto? Tem um tempo de qualidade com seu filho? Eles fazem ou já fizeram acompanhamento com terapeuta?
Uma boa semana a todos!