Acho que essa é a analogia que melhor desenha o "tempo" da minha vida, ou pelo menos aquele que tento praticar. Cansei de altas velocidades, de brigar com as horas, com os minutos do meu dia... (apesar de ter que policiar sempre a ansiedade)
"Pedalando" tenho mais tempo pra pensar, pra sentir o vento bater no rosto, pra observar;
"Pedalar" é ecologicamente correto, consciente e mais prazeroso;
"Pedalar" faz bem pro corpo, é o ideal;
"Pedalando" não vou tão rápido, mas talvez esteja aí a chave mágica (e simples) que me permitirá perceber.
Perceber melhor o que me rodeia, o que vejo todos os dias, mas não enxergo, como um sorriso espontâneo (mesmo que desconhecido), as primeiras letrinhas das crianças na escola, as gargalhadas deles diante da TV assistindo os desenhos preferidos, aquela plantinha que deu flor; é, aquela que esperei tanto, por duas ou mais primaveras seguidas, cultivando ...
Sinto que pra viver de verdade tudo isso preciso parar, ou ao menos reduzir...
Portanto é assim que quero ir pela vida: nem tão devagar, nem tão rápido, quero aproveitar meu fôlego pro melhor, me esforçando, dando tudo de mim nas subidas, pra logo depois curtir a descida, abrindo os braços, agradecendo...
... assim pedalando.
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