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quinta-feira, junho 21

Mamãe, agora, quando vejo uma menina, eu fico... um pouco apaixonado. Se for a Melissa, minha bochecha fica tooda vermelha...

 Imagem: Marilyn Monroe - Revista Elle/maio


Que pérolas.
... Tão lindas e magnificamente encantadoras quanto estas da Marilyn. Ou até mais.
Não importa o peso ou o brilho das dela. As fofuras que ouvimos dos pimpolhos nos alegram às tantas. São assim.. perfeitas.

Viver nos dias de hoje - nas grandes cidades especialmente - não é bolinho.  Haja bom humor e muita, muita paciência.  São inúmeros absurdos. Todos soltos por aí e muito mais próximos de todos nós do que gostaríamos. Para lidar com isso, cada um tem seu jeitinho... Uns protestam, outros fazem piada e riem muito, alguns se escondem...
 Eu faço o que mais gosto o que afaga a alma. E na lista de preferidos,  ficar bem coladinha dos meus pequenos, programando mil coisas e sentindo o cheirinho bom  deles, dos pescocinhos, dos cabelinhos, ganha sem maiores esforços.
 Vez ou outra dou uma parada, mando todo mundo brincar no cantinho predileto da casa ou tirar uma sonequinha e mergulho num estudo bacana, numa comidinha boa com o marido, ou fujo para um papo bem  profundo com as amigas...  porque questionamentos e conversas longas, só com uma  amiga, não é?  Se for dia de final de campeonato, então... Marido?  Esquece.
 Mas quando nasce uma mãe, desperta também um bicho-bobo dentro de cada uma, aí logo bate a saudade dos sorrisos e daquelas preciosidades que costumamos ouvir deles; Aquelas coisinhas bonitinhas e mais que engraçadas que eles soltam cheios de inocência e de peitinho estufado.
Comigo já virou vício. Amo. Quando escuto as frasezinhas inocentes do Theo ou da Sofia, pulo para um outro mundo, saio da correria, de tudo o que assisti de feio, de chato ou cruel no meu dia. Dou risada e eles também.  Provavelmente de mim... e riem até babar.
Pois é,  aqui tenho dois mestres, dois entendidos no assunto. E sim, me divirto, recomendo e ainda lanço um livro, contendo as belezinhas papeadas pelos meus filhos, que me encantam e alegram mais  do que qualquer outra pérola, do que qualquer outra jóia seria capaz de fazer.
E a Melissa?
Deve jogar charme para o meu filho... assim, toda Marilyn .




segunda-feira, maio 21

Verdadeiro legado

Imagem: Quadro Pipas - Cândido Portinari


Este mês a revista Elle trouxe um suplemento especial sobre Alexandre Herchcovitch; contando um pouco de sua infância, adolescência e início de carreira, assinalando fatos e pessoas marcantes em sua vida.
Amei. Porém, mais que falar sobre este estilista consagrado, os textos me inspiraram a falar mais e mais sobre mulheres, mães e filhos, suas relações, sua força e importância mútuas; Especialmente por esta parte: Regina Herchcovitch soube como poucas, estimular a vocação do filho.

Pensei em muitas coisas. No amor que, incondicionalmente, dedicamos aos filhos, nos ensinamentos que queremos deixar, nas maravilhas dessa convivência e nas tantas cobranças que tudo isso pode gerar.
Queremos que eles compreendam as coisas, que alcancem seus sonhos, que sejam fortes, que se tornem homens de bem... 
Vez ou outra, nas conversas com as amigas, falamos sobre isso; sobre como preparar e fortalecer nossas crianças na medida. Sem sufocar, sem cansá-las, e sim, cuidar para que seus dons e vocações, aos poucos, aflorem e assim, possam entender e cultivar as coisas que gostam e  as fazem felizes e tranquilas.
Também sou cheia de papos com o Theo e a Sofia. Sim, às vezes rolam umas broncas, umas maluquices de mãe, mas na essência, nosso tempo juntos é de muita conversa. Quase todos os dias.

Esta semana quis fazer diferente.
Regina Herchcovitch? Não sei... Sei que chamei os dois e disse para eles que guardassem alguns segredinhos no coração, pois com aquilo, muita coisa seria mais fácil e mais legal!  E falei para que fossem pacientes, estudiosos, bons amigos e mais todos aqueles cuidados de mãe, que já ouvíamos das nossas.

Cada um saiu dali como quem guardasse segredos super valiosos. Cada um a seu modo.
E foi bom resumir o que seria mais uma longa conversa, em alguns "combinados" entre a gente. Como algo nosso, de parceiros verdadeiros.
Se minha figura materna será sempre marcante para meus filhos, também não sei, mas acredito que o que estamos construindo e firmando juntos, fará toda  a diferença na vida deles. Para muitas coisas.


terça-feira, maio 8

Lomofofas

Quem tem filhos adora fazer filminhos, fotografar... registrar de alguma forma suas fases e proezas, que, convenhamos, são todas lindas;  especialmente para os pais.
Eu que já curtia ( sem limites) fotografar, ressuscitei minha analógica - dos tempos da faculdade -  super inspirada pelos meus filhos, pela vontade de levar pra sempre comigo, seus sorrisões banguelas e aquelas caretas únicas que eles fazem. E haja filmes... e um pouquinho de paciência para esperar as revelações.
Outro dia saí com Theo e Sofia. Foram vários clicks e um número razoável de fotos boas, mesmo me achando um tantinho enferrujada.
Os dois amaram. Se divertiram de montão e após muita explicação, entenderam que veriam o que registramos juntos, somente após alguns dias. No fim, o resultado compensou a espera...

Theo e Sofia - Foto: Arquivo Nikon

Foi uma experiência bacana, um momento terno e por si só impagável; tudo por estar ali.... com eles.


E na levada dessa paixão, conheci a Lomography, uma galeria que é parada obrigatória para quem tem câmeras e fotografia como xodós, principalmente as analógicas, já que ali o universo é todo delas.
A primeira Lomo nasceu na década de 80 e a partir daí atraiu e atrai todo tipo de olhar e apaixonados, por seu charme, simplicidade e, claro, pelos efeitos e cores que suas lentes plásticas são capazes de produzir.




Hoje elas são mania - eu adoro; O Movimento Lomografia tem  comunidade crescente, especialmente por estimular o lado divertido e criativo das analógicas, baseando-se em uma filosofia de maior liberdade e ousadia.
Pura arte.

 Fotos: Google


Estou em fase teste com minha Diana F+, e também prometo postar as primeiras revelações  - assim como as novidades sobre o Jk iguatemi, que mencionei anteriormente em outra postagem.

A Carol Ushirobira é minha prima do coração, me apresentou às Lomo e amei de cara! (Beijo prima)
Precisamos agora é de um super workshop, que a Lomo Gallery também oferece aos amantes dessa arte.


E você curte fotografia? Costuma carregar sua câmera junto, mesmo em passeios corriqueiros?



Uma ótima semana!




segunda-feira, abril 23

A arte de se tornar desnecessária



Adoro falar sobre meus filhos, registrar suas experiências, seu crescimento e descobertas.  Mostrar a eles coisas bonitas, passear, ensinar. Muito.  É gostoso e imagino que vida de mãe tenha bastante disso... Babação, corujice. Mas hoje a conversa é mais sobre mim... ou sobre nós: Mães. Como crescemos depois da maternidade; E boa parte de tudo, aprendemos com os próprios filhos. São mestres e dos bons.  Mas talvez o vital nessa jornada, seja exercitar o quanto doamos a eles para que essa relação seja saudável e equilibrada.
Quando observamos nossos "bebês", queremos proteger e cuidar.... e proteger. No meu caso, sinto que tanto ou mais do que qualquer coisa que citei no começo desse papo. Segurem as mamas desgovernadas...
Eis que dia desses, recebi um comentário da Betty (amiga querida), num post onde relatava algumas novidades (e desmandos) dos senhores meus filhos. Ela dizia:
 "Ser mãe é a arte de se tornar desnecessária."
Me lembro que quando li a frase, achei genial. Dura, mas perfeita, por resumir  de modo simples, como, durante a vida e aprendizado deles, vamos tendo que nos adaptar, readaptar e entender que, a partir de um determinado ponto, alguns daqueles nossos cuidados serão dispensáveis, e depois mais alguns... e adiante alguns outros também serão completamente desnecessários.
 Sim, mãe só tem uma, somos preciosas( assim como nossas queridas genitoras também o são), e poderemos contar sempre com esse pensamento, com essa verdade. Contudo nossas crianças crescem, não querem mais ajuda para comer,  querem brincar na internet, trocar telefones com os amiguinhos; enquato para quem cria, resta amá-los, aproveitar muito a riqueza de cada fase e, acima de tudo, compreender  seu processo de desenvolvimento, tão rápido e tão bonito. 
Os meus pequenos estão grandões. Cheios de energia, de curiosidade. Já me ensinam sobre games (eu morro), sobre alguns ítens em meu próprio celular.  Ainda me beijam em público (porque depois isso acaba, não é? rsrs), dão a mãozinha nos passeios, dormem comigo às vezes (eu gosto). (São meus babies...)
 Fico feliz, pensando que o melhor da vida é o carinho meladinho deles, ver os dentões nascendo, passar merthiolate no dodói, beijar, beijar... e prepará-los para prosseguir, dando-lhes desde já, mais autonomia; Sei que de  todas as tarefas que abracei, esta é, de longe, a mais gratificante.

Que venham as novidades.  Por hora vou tentando me entender com o desafio de soltá-los. Bem de pouquinho.


Ser mãe, é a arte de se tornar desnecessária! Frase luva da Betty Gaeta.

Você concorda? Trabalha essa ideia em seu coração?

quinta-feira, abril 12

Meus filmes (tipo drama)


Tem horas que "sonho" acordada. Ou fico, enquanto junto a bagunça do Theo e da Sofia, organizando (de cabeça), os meus projetos... Turbilhão de pensamentos, várias pulgas, como disse, descontraidamente, uma amiga blogueira.
Da vontade de parar, voltar lá no número um, no começo da amarelinha e jogar a pedra com mais fé, pra acertar em cheio, de primeira, o alvo e gastar menos tempo com algumas bobagens, com grilos...
Mulher tem mil coisas na cabeça. Sempre... mulher que é mãe, mais ainda. Com isso são 1001 inspirações, vontades e planos. E, sim, preocupações. É a saúde, o marido, carreira, filhos, um curso novo, uma bolsa nova, corpo,  espírito...

Sofia e Theo estão numa fase nova pra mim; são mais  exigentes  quanto  aos lugares  que querem ir, por  exemplo (já? Sim, já...), às programações dos finais de semana (pois é, verdade), com o que vai ocupá-los de um modo geral. Fazem cara feia, querem exigir... E o caçula imita o mais velho.  Enfim, tudo aquilo que já fizemos, que ouvíamos de nossas mães e avós, mas que se transforma em novidade quando é conosco... quando a história é com nossos filhos, adquire cara de coisa inédita - tipo nunca vi, não sei fazer.

- Mamãe, este sábado temos o aniversário do Diogo, você não se esqueceu, né? - diz a Sofia, fazendo um certo charme...  É mãe (agora acho que vou te chamar de mãe, porque mamãe é para meninos pequenos e eu já fiz seis anos....), leva a "dgente" na festa dele? - completa o Theo com aquela marra habitual.
E eu?
Penso.
Nas receitas sugeridas para educá-los, na (pouca) experiência como mãe, no que vivenciei com meus pais e, acima de tudo, nos exemplos que devo dar a eles. Nestes momentos a primeira ideia é: Não quero errar!  O desejo é de orientar, buscar as coordenadas exatas para um caminho certeiro, que conduza a cabecinha deles para fora da ansiedade, dos maus modos, do modismo... Com calma...
Eles exigem; eu vou tentando algumas manobras, contornando seus novos draminhas, as vontades excessivas, a mini ansiedade. Vou recheando os dois de amor, procurando aproveitar e sentir cada fase nova que eles adentram... montando um outro filme; E  como diz a belíssima Ana Jácomo:
"A felicidade vibra na frequência das coisas mais simples." 
Sempre, sempre!


sexta-feira, abril 6

Os coelhinhos daqui



Páscoa é sempre motivo para muita emoção e muita alegria por aqui. São os amigos, a família (que me enche o coração), todos os que queremos bem... É o amor, a troca de votos e, claro, os ovos de chocolate, bombons e a espera pelo coelhinho, na ansiedade inocente das crianças.

De repente a vida parece nova e abençoada, de um modo mais simples e muito mais bonito.
É, acho mesmo emocionante essa época, toda a simbologia que ela carrega e tudo o que incita nas pessoas. 

Este ano a Sofia trouxe da escola uma mensagem toda fofa, escrita num cartão-ovo feito por ela. Amei! Fui logo pensando que estava crescida minha filha; nada de fantasias de coelha, nada de rostinho pintado. Mas ainda tem o caçula -  batatinha-quente da mamãe, como ele mesmo se intitula - que desta vez, já chegou em casa com seus pirulitos de chocolate todos mordidos (rs): Estavam derretendo, mamãe! - justificou todo lambuzado.
A roupa de coelho tirou sem me dar tempo para maiores paparicos, beijos ou apertões... Disse estar muito calor, que estava muito suado.
Ok, dei razão... afinal é Páscoa. Mais uma, aliás ( o tempo voou). 
E os filhos mocinhos.
É a vida que se renova.

quinta-feira, fevereiro 2

Uma viagem...


Theo anda tristinho. Fico toda doída, pensando em como amenizar, sugar pra mim, as angustiazinhas dele. 
Ok que ele é dramático. Por natureza. Mas mesmo assim, mãe que é mãe mergulha total nas dores dos filhos. E sofre. Muuuito. 
A razão da mini tempestade? Morrer.
Há dias, entre uma distração e outra, me pergunta se vai morrer, pra onde vai e que não quer ficar num lugar desconhecido, especialmente se for sozinho. Diz ter ficado triste demais quando o Sr. Carl Fredericksen - de Up, Altas Aventuras -  perde sua esposa, Ellie.

- Mamãe, não deu tempo deles visitarem o Paraíso das Cachoeiras... A Ellie morreu...  fala cheio de tristeza.

Aí paro tudo, comovida, chateada, preocupada e, apesar do drama, achando bonitinho meu tiquinho querendo entender da vida. Todo ansioso, temperamental. Porque isso ele é, pra tudo! 

Uma vez li que tudo isso faz parte de determinadas fases das crianças, e que, infelizmente, desde muito cedo, elas também passam por frustrações e pequenos questionamentos. São naturais e necessários.

Mãe consegue racionalizar  isso? Difícil. Pra não dizer impossível; porque depois que parimos nossos pequenos herdeiros, tudo na vida se torna diferente, olhamos o mundo com menos egoísmo e individualismo, compreendemos mais facilmente algumas coisas e aprendemos tantas outras - a duras penas - mas aprendemos, nos (re)adaptamos e nos sentimos mais capazes e fortalecidas, mas a dor de um filho... Não há nada mais cruel e dilacerante para nós mães.

E morte? Assunto que tira o chão. Confesso que detesto, me entristece pacas.

Acredito que continuamos, de uma outra forma, num outro plano, sob as bençãos e amor infindáveis do Mestre; mas a saudade é fato, a dor da separação e da perda, também. Tanto para os que vão, como para os que ficam e temos que encontrar uma "compensação" para ela... Com o Theo procuro contar a verdade, enfatizando que continuamos, que dormimos e nos reencontramos em outro lugar, algum dia... usando uma linguagem que ele compreenda. Mais branda, mais florida, como disse a Fernanda Franken num post muito lindo, ela e seu mini... aqui

E nestes altos papos, super importantes, sinto que ele entende muita coisa... do jeitinho dele, fica mais aliviado e eu, acabo saindo cheia de novas reflexões e com ideias mais reconfortantes sobre a morte.




"Porque a vida segue. Mas o que foi bonito fica com toda a força. Mesmo que a gente tente apagar com outras coisas bonitas ou leves, certos momentos nem o tempo apaga. E a gente lembra. E já não dói mais. Mas dá saudade. Uma saudade que faz os olhos brilharem por alguns segundos e um sorriso escapar volta e meia..."

Caio Fernando Abreu

sábado, novembro 26

Alegria de criança


Final de semana passado tivemos muita emoção... e diversão. Duas festas infantis, de dois amigos super especiais da Sofia. Aliás, como foi dito na roda de mães, entre brigadeiros e cupcakes, a turma dos nossos filhotes está de parabéns (deixando a modéstia de lado (rs) ) . Cresceram, aprenderam muitas coisas e são um exemplo primoroso de amizade!

Ambas comemorações reuniram muitos coleguinhas num encontro divertido e prazeroso, para as crianças e para os pais. E nestas rodas papeamos, escutamos histórias, compartilhamos grilos. E é bom. Nos faz sentir amparados nas inseguranças da maternidade e suas tantas fases.

Eu, que não sou das mais assíduas nas festinhas, apesar de conhecer a maioria dos casais de pais, da turma da Sô, levei algumas broncas por conta disso, e aproveito a inspiração pra me redimir. Sorry, sorry, sorry! 

Estava tudo maravilhoso; o papo de mães, principalmente. E que a Sofia não me escute, mas o mais interessante da conversa, foi descobrir o encantamento de quase todas as meninas, pelo Matheus, um amiguinho lindo, super educado, e que, conforme apuramos, já aquece coraçõezinhos. 

Festa infantil  nos faz pensar em barulho, correria e um super cansaço. Mas estas coisas fazem parte do espetáculo... O mais legal e emocionante é, em meio a tudo isso, cantarmos e aproveitarmos sem limite a alegria dos pequenos aniversariantes. Única e tão contagiante nestes momentos.

Em casa, ouvi por horas os meus dois lindinhos falando sobre as festas. Assim, cheios de si, meio cansadinhos, mas felizes da vida. Comendo ainda, as balas e pirulitos daquelas sacolinhas que prolongam a sensação da algazarra toda, por looongos dias.

Sobre o Matheus?
Ouvi frases cheias de doce... (eu aguento?)

E claro. Fiquei como boba, atenta...pensando... E achando tudo lindo!


sexta-feira, novembro 11

Apaixonadas (pelos papais)


Dia desses falei sobre mães e filhas e citei,  meio que en passant, sobre a relação de afeto entre pais e filhas. Por aqui sempre rolam uns momentos ternos entre o Sandro e a Sofia, ou declarações  que apuram nossos sentidos para as singelezas perfeitas da vida.
Não... o marido e a filha não fogem à regra. E é bonito que só de ver e ouvir...




- Mamãe, tenho muitos amigos na escola. Gosto muito deles!

- Que legal, Sô!!! É importante ter e respeitar nossos amiguinhos...

- É eu sei, mamãe... A professora sempre diz pra brincarmos juntos e caso alguém esteja sozinho ou triste, convidar pra brincadeira.
  Hoje eu lanchei com o Naan... ele é muito legal... 
  Tem também o Matheus...aquele que foi a Fera, na aprensentação da Bela que fizemos no fim do ano passado, lembra? 

-  Claro. Foi linda a festa! 
   E o João e o Gregory?

- Esses dois são engraçados. Eles preferem brincar comigo e com a Amanda, do que com os outros meninos...

- Huuum, legal!  Que bom que vocês todos se entrosam e curtem juntos os momentos na escola. A professora tem razão, é importante cultivar as amizades, filha...
E no meio de todos esses meninos, você tem um preferido?  
De quem você mais gosta (mãe especulando a confissão inocente da filha)?

- Eu? (...)
  Eu gosto mesmo é do papai!


segunda-feira, outubro 31

De carona no meu divã?

Não dá mamãe... eu tento, mas continuo ansiosa...
(frase da Sofia, em uma de nossas conversas)



Tal pai, tal filho... ou filho de peixe, peixinho é. Comum ouvirmos, quando o herdeiro tem nossos traços, ou nossa personalidade.

Sou altamente ansiosa. Mesmo; pra tudo. Filhota  ídem.
Dia desses, papeando e entregando uns exames à minha ginecologista - super médica, super amiga - ouvi:
Da minha parte está tudo ok, apenas tenho te observado meio... ansiosa. Se quiser te indico uma boa especialista.
Provavelmente nem fiz cara de surpresa.  Olhei concordando (sorriso pálido),  peguei o contato da Dra. Camila, agradeci e, mais tarde, liguei.

E minha filha, análise também? Certamente não. Ao menos, não agora. Sinto mais a questão como minha, do que dela, propriamente. De uma forma ou de outra, acho que acabo por transferir o problema para ela - e para o Theo - no dia a dia, no convívio.

Anualmente, quando renovamos o contrato de matrícula dos dois  no colégio, recebemos junto, uma ficha de saúde, composta por algumas perguntas, inclusive se as crianças fazem acompanhamento psicológico, o que é comum nos dias de hoje. Porém, o que percebo nas reuniões, em depoimentos de coordenadores, professores e médicos, somados a algumas pesquisas, é muito mais a ausência e agenda lotada dos pais, que problemas de ansiedade, depressão ou qualquer outra coisa, configurada nas crianças em si. Também é comum falta de diálogo e tempo por parte dos responsáveis, para ouvir e interagir com sua prole.
 Complicado? Bastante, pois tudo o que esse problemão envolve, passa por um ciclo, muitas vezes difícil de ser querbrado. Horários, compromissos, metas, rotina... 

Ainda inspirada pela Vogue Kids (que trouxe muita matéria legal, fora as doçuras e fofurices para a criançada), e outras publicações, iniciei uma roda sem fim de pensamentos sobre o assunto; me preocupei. Concluí que não quero, por mais "tranquilo" que seja, levar, desde já, meus filhos para  a terapia.
Talvez no futuro. E sem abusos.

E mais: é fato que o estilo de vida dos pais, entre outras coisas, influencia a saúde física e emocional dos filhos e que hoje, tornou-se mais natural "terceirizar" os problemas, do que tentar observar a origem do enigma e buscar mais proximidade com os pequenininhos. Como consequência, nos sentamos ainda na infância, na cadeira do analista.

Imagem: Vogue Kids

E você, o que pensa sobre o assunto? Tem um tempo de qualidade com seu filho? Eles fazem ou já fizeram acompanhamento com terapeuta?


Uma boa semana a todos! 

domingo, outubro 23

Gatinha flautista, amizades e minha corujice sem tamanho

Crédito da ilustração: Sofia
 
Sofia adora artes, música e tudo mais que tem relação com esse universo. 
Semana passada fomos ao seu concerto de flauta. Ela, junto dos amigos do colégio, se apresentou tocando, cantando e emocionando pais, avós, professores e até o irmãozinho.
O evento foi tocante; Lindo não apenas pelas centenas de pessoas que prestigiaram, mas pelas músicas e especialmente pelo entrosamento entre as crianças. Todos olhavamos como um bando de corujas bobas, aquelas miniaturas fofas - que ontem estavam no mini maternal, de fralda e mamadeira -  exibirem um trabalho perfeito, com fervor e muita disciplina. 
O coro de Have you ever seen the rain, da banda Creedence, foi um dos pontos altos da festa. Bonito demais ver as flautas e os gogozinhos deles afinados e afiados sob a regência do tio Cadmo.
Entre uma canção  e outra, o filhote (boca cheia de jujuba) apontava para a irmã e dizia: Olha mamãe, que linda a Sô!
Foi uma reunião calorosa e harmoniosa, cheia de amiguinhos, alegres com o próprio feito, orgulhosos de si; Com certeza toda a sintonia firme e delicada entre todos eles, foi também fruto da amizade, do laço forte que construíram lá trás, desde bebezolas. Assisti um pouquinho disso estampado na troca de beijos e sorrisos entre eles, no fim do concerto. Um carinho todo puro, que também me fez refletir... Pareciam  gratos uns com os outros...  Sim,  como gente grande; numa relação de amizade das mais caprichadas, tão simples e ao mesmo tempo tão monumental.


P.S.: Dei um colorido para as Audreys do blog. Recebo muitos elegios por conta delas, então elas ganharam uma corzinha e permaneceram.



segunda-feira, outubro 17

Mães e filhas

Quando engravidei da Sofia, dizia  desde o início - e com propriedade - que seria uma menina. É, simplesmente eu sabia. Certamente são estas coisas que somente a espiritualidade explica; nada do que tange apenas o material é capaz de justificar estas certezas que parecem começar lá trás, no instinto.
Desde os primeiros meses sua presença era delicada em meu ventre, dando  suavidade ao que eu já conhecia e às coisas que eu executava. Mexia de levezinho e me fazia companhia  durante os longos dias de trabalho na agência.
Olhando para ela hoje, vejo misturadas essa doçura e fragilidade às traquinagens de criança, diferente do Theo, dono de um desasossego bem típico... aquele q de moleque intrépido, mais apimentado. 
Rezam alguns sábios ditados e teorias, que meninas, normalmente, são mais ligadas ao pai, os têm como heróis. Raramente vejo diferente entre pais e filhas. Porém nós mães, somos a primeira e mais forte referência para nossas mocinhas; E como elas nos admiram, não é? 
Sim,  é uma relação de carinho e admiração, de laços bem estreitos, que depois,  naturalmente, vai se modificando, passando por fases, ora mais fáceis, ora mais complicadas e nesta trajétoria, nossa responsabilidade é grande, pois mesmo que as demosntrações de afeto tornem-se mais latentes, seremos sempre o exemplo para os filhos, especialmente as filhas, seja para o que elas devam fazer, seja para o que não devam. Somos nós, antes de qualquer outra amiga, quem as ensinam sobre autoconhecimento, sobre feminilidade.
Sem precisar me aprofundar nisso tudo, me recordo logo da minha mãe. De uma relação extremamente complicada e super conturbada, com uma mulher que, mais tarde, descobri tão forte e tão decidida a fazer ou não as coisas, quanto eu. Calma, cheia de olhares... que de algum modo  eu contemplava, tentava decifrar.
Era destas mulheres vaidosas, caladas, incógnitas (hoje é mais tranquila)... Ah e como eu olhava, olhava...
Não, nunca foi de muita conversa, ao menos não comigo, o que sempre lamentei. Mas sinto que de certa forma, isso ela me ensinou e com destreza, a  não fazer; Sofia e eu passamos sempre muito tempo papeando e sempre terminamos abraçadinhas,  aconchegadas por muitos sorrisos, sempre. 
Foi e ainda é, uma escalada de desafios, meu relacionamento com minha mãe, mas...
Mãe é mãe. Nós as temos sob muito carinho e muito afeto e quando as nossas  menininhas nascem, entendemos muito do que havia ficado perdido ou mal explicado, continuamos seguindo, aprendendo e acima de tudo amando muito mais, nossas mães e nossas filhas.

Mês passado a Revista RG trouxe uma super matéria que me inspirou o assunto. Falava um pouquinho sobre Dina Sfat (nome artístico adotado em homenagem à sua mãe).  Por tudo o que já ouvi,  ela foi mais que referencial, não só para suas filhas, como para toda uma geração. Uma mulher livre, bonita e dona de uma história emocionante, que minha mãe adorava me contar.

Separei algumas fotos e divido agora com todos, especialmente com  mães e filhas:

Com o marido Paulo José, e as filhas: Ana, Clara e Isabel.
Corujice!


Além da beleza, destacou-se por
sua expressividade, inquietude e empatia com os palcos, 
projetando-se rapidamente no meio artístico.


Com a amiga Renata Sorrah em 1972


 Como Amanda na primeira versão de O Astro.
Diva, segundo minha mãe rs.

"Diva sem ser, referência politica sem querer, Dina soltou o verbo nos palcos brasileiros e fez história nas novelas da globo." Revista RG

Fotos: Google
 e Revista RG


Beijo mãe
Beijo Sofia e
Beijo Theo

quarta-feira, outubro 12

Hoje o dia é delas

Criança é energia pura. O tempo todo, com todo mundo.

São sonho, cor de rosa, flores de jardim, monstros do Ben 10. 
Barbies cheias de graça, mocinhas quero-quero, molecotes samurais.

Vão e vêm, sobem e descem, inventam com alegria. 

Pulam corda, jogam bola, brincam de artista e de roda...
Perguntam, se espantam, fazem bico, querem agora!

Eu já fui criança,  você também
  e hoje, é dia de ser mais uma vez.

Haja bala e pirulito.
É tempo de brincar, pular e aprender
 de curtir bastante, pra valer!



sexta-feira, outubro 7

Milagres de primavera e o creme de papaya


A estação que "encosta" o inverno enche a todos de ânimo. É bom...
Dá vontade de fazer um tantão de coisas - assistir de novo Casa Blanca, tomar mais água, andar de chinelos -  e as crianças não ficam atrás. Sim, a bateria que eles têm, está sempre carregadinha e  cheia até a tampa pra levá-los para qualquer aventura, mas as tardes quentes da primavera e do verão, dão mesmo ares de novidade até ao que eles normalmente fazem, mas por alguma razão enjoaram, ou  aos que, como o Theo, fazem, porém meio a contra gosto... como é o caso das atividades culinárias. Ele gosta e quando escuta que vem receita ou aulinha que envolva comer e beber, na escola, se empolga e associa logo à diversão, contanto que a brincadeira não envolva frutas ou legumes.
(Essa novela sobre a alimentação dos filhos, normalmente é bem recheada de capítulos, cheia de atritos, bicos e muita manha. Boa parte do que nos preocupa começa nestes episódios. Haja truques e versatildade na hora de preparar as refeições das crianças e muita habilidade na hora de fazer com que o prato atraia a atenção e o apetite deles.
Ok, vocês já conhecem um pouquinho deste drama, contado aqui ).
Como ele já está com 5 anos, algumas situações levo na esportiva e não insisto, outras parto pra conversa. Às vezes rola, outras não. 
É engraçado ver ele todo animado insistindo pra fazermos logo algo gostoso e, em seguida, dando meia volta, com ares de disfarce ao ver a cara dos tomates ou coisas coloridas que fujam muito do marrom chocolate.
Eis que fiquei surpresa há alguns dias quando ele levantou cedinho, sem dar trabalho, pedindo para colocar a bermudinha e  a regata do uniforme, porque teriam futebol e culinária na escola. Parece que ele queria ficar bem a vontade. 
Fiquei bem quietinha imaginando o que viria a seguir. 
Na volta ele me mostrou uma receitinha contendo os seguintes ingredientes:

- 1/2 mamão papaya
-1/2 copo de iogurte natural
- 3 colheres (sopa) de açúcar
- 1 colher (chá) de suco de limão
- 4 colheres (sopa) de leite em pó

Para preparar basta bater tudo no liquidificador. É simplesinho.
A  parte preferida deles foi comer na casca do mamão, relatou a professora.



À mistura podem ser adicionados gelo a gosto, adoçante e ingredientes desnatados para os que preferirem a versão light do creme.

E o Theo provou?

Recebi um recado via agenda onde a professora parecia comemorar mais que eu o feito do pimpolho, já que ele havia, não só ajudado no preparo (encarou mesmo o mamão), mas também comido toda sua parte. 
Cada vez que nossos filhos provam um alimento novo - e aceitam - nos sentimos como vitoriosas de mais uma batalha desta guerra.

E vamos curtindo a primavera... assim, juntinho deles!



Obs.: Luto com o Theo desde bebê nesta questão da alimentação, tentando iniciar desde cedinho, o paladar dele ao que é novo; mas ele resiste.
Na escola, junto de outras crianças a questão parece mais tranquila. Em casa... a luta continua... 

E por aí, a primavera opera "milagres"?


segunda-feira, agosto 29

UMA CONVERSA COM O THEO E A SOFIA

Filhos são filhos.
E por esta simples razão dedicamos a eles sempre  o nosso melhor. Cada uma de nós com seu jeitinho, unindo aquilo que aprendeu com a mãe, com a mãe da mãe, mais o que julga correto, ou eficiente, mais uns conselhos daqui, umas dicas de lá.
Para algumas coisas temos táticas, para outras muitas dúvidas, erramos vez ou outra, mas seguimos tentando sempre. Ora de tanque cheio, ora na reserva, porém persistindo incansáveis.
Em casa -  na hora da turbulência -  aprendi aplicar, além dos corretivos tipo castigo, uns super sermões nos figurinhas Theo e Sofia. Sim, eles  sofrem um pouquinho, mas o resultado é considerável... pelo menos por uns 4 ou 5 dias. Aí, quando a  maré fica mais calma, ensaio (meio emotiva) um papo mais levezinho, para ter com eles num daqueles momentos bem maternos, só nós três:

Amores, a mamãe tem aprendido tanta coisa. E um montão delas com vocês. 
Com sua fragilidade, com sua doçura, com as algazarras, a euforia e espontaneidade, com sua alegria sem fim.
A vida de adulto, filha não é ruim não. Podemos mesmo fazer muitíssimas coisas divertidas sem pedir a ninguém, porém é preciso trabalhar bastantão, estudar e cuidar de tudo o que é de nossa responsabilidade. Todos os dias. Fazer tudo direitinho.

Theo, a mamãe acha tão bonita, tão pura sua curiosidade, essa avidez por saber logo de tudo. Aos pouquinhos você vai conhecendo e claro, experimentando sobre tudo o que você pergunta, tá? A mamãe adooora te ensinar, e o papai também, mesmo com aquele jeitão meio bravo que ele tem.

Crescer, filhotes, é gostoso. Cada etapa, cada idade que a gente completa, traz coisas diferentes para nossas vidas; podem ser novos amigos, novas lições, lugares bacanas que conhecemos e mais uma porção de brincadeiras para brincar. Mas para que tudo isso aconteça, temos que ser obedientes (o que é meio chato às vezes, mas é importante) e respeitar sempre os mais velhos e os amiguinhos.
Tem que comer tudo, sim. As frutas, as verduras e os legumes principalmente... Não tem jeito, tem que raspar o prato! Guardar os brinquedos e saber dividí-los com o irmão, sem fazer aquele bico enooorme e ainda fazer toda a tarefa de casa. 

Sô, irmãs mais velhas acabam tendo que ensinar algumas coisas que já aprenderam, ao caçula (Anne, olha uma primogênita sendo moldada segundo os costumes) e Theo, nossos irmãos mais velhos são nossos companheiros e parceiros mais verdadeiros (mesmo que demoremos a notar).
Depois ainda sobra tempo pra gente fazer várias coisas juntos, tudo aquilo que vocês adoram!

Quando os dois crescerem um pouquinho, vão entender melhor tudo isso. A relação das coisas. Vão conhecer muitas delas e continuar ansiosos por outras tantas. Em alguns momentos vão achar tudo emocionante e super legal e em outros tudo muito chato. A vida é assim.

Enquanto isso, ser criança é mais que bom. É meio mágico, até.
Podemos ir ao dentista, ao médico e a outros muitos lugares fantasiados de batman ou de princesa e todo mundo achar lindo. Dá pra inventar e fazer coisas como pintar o umbigo e as unhas com canetinha, pra depois a mamãe ter o maior trabalhão na hora do banho, comer pirulito e sorvete e se lambuzar  da cabeça aos pés, brincar de esconde-esconde (mesmo que seja só de dois), levar brinquedo na escola e mais uma infinidade de coisas.

Pois é, na vida temos muitos deveres, mas ela é mais que boa se soubermos aproveitar. 
Eu conheço vááários adultos que sentem saudade disso tudo, e querem voltar a ter essa idade tão bonita, outra vez!

P.S: A Anne escreve o blog Super Duper. É Super divertido e cheio de coisas bacanérrimas. Parada obrigatória para as mães de plantão. Bjo Anne
Bjo a todos!

segunda-feira, agosto 15

UM, DOIS FEIJÃO COM ARROZ, TRÊS, QUATRO FEIJÃO NO PRATO, CINCO, SEIS TUDO OUTRA VEZ


Domingo, dia dos  pais, não pude estar com o meu. Mas o coração e os arquivos de infância estavam mais que remexidos; deu aquela saudade de um tantão de coisas... meu pai aconselhando, meu pai ensinando, meu pai bronqueando (e feeeeio).
A vida é cheia de presentes pra gente, distribuidos em suas tantas fases, todas bonitas, todas marcantes a seu modo; e são tão boas que eu, invariavelmente, tenho vontade de reviver algumas, sem contar que continuo ansiosa, pensando nas seguintes...
...É, aquele passeio no tempo... acontece sempre!
No domingo, talvez pela data especial, recordei alguns episódios.
Aos 7 ou 8 anos, desfilando com as gargantilhas, saltos e maquiagem de minha mãe, querendo pular alguns estágios e ir logo para os 18, 20 anos. Sonhando crescer... (Familiar? rs)
Mais adiante, me imaginava dentro dos 30, desfrutando tudo de maravilhoso que minhas fantasias e desejos moldavam para o pacote balzaquiano.
(Meu pai, sempre presente nestas "etapas", dizia: Mi, aproveita sempre o hoje, na sua vida... E ainda parafraseava os Paralamas: O Trem da Juventude é veloz.)
Aí ok.
Cá estou, falando diretamente dos meus 30 e poucos, embalada de leve por uma vontade traiçoeira de dar um pulinho no passado, ver outra vez tudo isso que guardei por lá. (Curioso, né?)
Não, nada de arrependimento. Pura e simplesmente a vontade meio torta, feminina de buscar alguma coisa nos arquivos mais antigos... Talvez tempo ou a disposição dos 20 para cuidar da prole. (Passa pela cabeça aquela frase brega: Se eu tivesse o corpinho de antes com a cabeça de hoje... huuum). Depois tudo volta aos eixos, acho até meio natural.
Cada porção de anos, cada fase da vida, é boa. E mesmo que alguns momentos exijam de nós muita paciência e bom humor (só pra ajudar),  os balanços gerais comumente são positivos, se olharmos com verdade e um tantinho de complacência para o que já erguemos ou tentamos erguer.
Coincidentemente - ou não - no fim de semana a Sofia (filhota com 7 lindos anos, japa linda, linda de viver da mamãe) e eu conversamos:

- O que foi Sô? Por que o bico?

- É que eu queria ser adulta, não gosto mais de ser criança!

- Ah é? E por quê?

- Porque os adultos podem fazer um montão de coisas, tipo dormir tarde e  pegar as coisas sem pedir para ninguém...

- É, mas você é criança. E ser criança é bem divertido, da pra brincar bastante e fazer muitas outras coisas bacanas.
(Mas o que fui logo escutando em alto e excelente som, foi:)

- Tá mamãe! Mas eu quero mesmo ser aduuulta. É beeem mais legal!


sexta-feira, maio 27

E NA HORA DE GUARDAR OS BRINQUEDOS...


Guerra a vista!

Em casa quando chega o momento pós-diversão, tudo se complica. São caras feias, muita manha e até lágrimas.
Nestas horas não sei se mantenho a psicologia ou se apelo para as frases de efeito:
- Ou organizam tudo, ou vão para o castigo!
- Tudo no lugar ou não tem passeio no fim de semana...
Já ouvi que não devemos elogiá-los ou prometer uma coisa em troca de outra, porém também já discutimos - aqui mesmo entre mães blogueiras - , a diferença entre o real e o perfeito ou imaginado. 
Alguns momentos na vida de mãe (e são muitos), exigem  mesmo que respiremos, contemos até o quanto for possível e somente depois voltemos à situação de estresse.
No caso dos brinquedos, especificamente, percebo que se tenho "frases feitas", a cria não fica atrás. E na hora de guardar ouço desde ...Mamãe tô cansada, até Ah, com isso eu não brinquei... 

(Há uns dias numa roda de pais, rimos ao concordarmos que em certas ocasiões a vontade e de não deixá-los brincar (estes pecadinhos maternos têm perdão?), quando imaginamos a catança de pecinhas, carrinhos e etc, que vem logo em seguida.)

 Mas brincadeiras e risadas à parte, a questão da arrumação não é apenas chatice de mãe. Sabemos que por aqui passam o senso de organização e responsabilidade, mais tantas outras coisas essenciais para as bases das crianças.
Brincar (como a Chris Ferreira fala de maneira tão especial no Inventando com a Mamãe. Bjo Chris). 
Também estamos mais que cientes de que além de gostoso, é direito dos pequenininhos e deve fazer parte da infância. Por outro lado, sem regras e disciplina nada funciona. Ouvia isso do meu pai e hoje costumamos rir destes episódios quando estamos todos juntos (ele, eu a Sofia e o Theo).

E depois de muitas crises, passei a tentar incentivar meus filhos deixando mais evidente que, arrumar tudo também pode ser bem legal; que ao procurar um brinquedo ou livrinho de leitura, eles estarão lá naquele lugarzinho, sempre esperando por eles. Não estariam mais perdidos ou quebrados.
Na maior parte das vezes participo da arrumação (tento escapar, sim... mas ainda não dá) e sinto ambos mais animados. Vamos colocando cada coisa em seu lugar e a ideia de que aquilo também pode ser divertido, fica mais real. Depois de tudo ajeitadinho, eles ficam cheios de orgulho do próprio feito (rs). 

Estou aprendendo... a entender e a ensiná-los. Com firmeza, respeito e carinho. Como tudo na minha vida de mãe.

domingo, maio 1

O QUE É O QUE É?


Tem a cabeça cheia de perguntas...

Está trocando os dentinhos...

Não sossega...

Princesinha?
Nãããão (e sim...)

Então quem é?
Q difícil....


Sim, é a Sofia (rs)!

segunda-feira, abril 18

DAS EMOÇÕES DE MÃE


Existe crise dos 32?
Não sei. Sei que passamos por várias delas. São conflitos e fases... e grilos. São tantos pensamentos, medos, inseguranças de mãe, anseios incontáveis (coisa de mulher). E como sempre ouvimos, o tempo não espera. Hoje é páscoa, amanhã já é dia dos pais e já já, Natal.
Hoje estamos planejando a maternidade, amanhã eles já estão grandões, escrevendo o nominho, recebendo os amiguinhos em casa, usando internet. Sim; e mais um montão de coisas que vêm por aí.
E quando o assunto é filho, a sensação  de que o tempo criou asas é, curiosamente, maior.
A Sofia fez sete aninhos. Já está mocinha, como costumamos dizer.
Comemoramos em família e desta vez teve até brigadeiro feito por ela (dá pra imaginar?), com uma boa ajuda do tio Elton e da tia Fernanda.
Foi especial!
Mas e essa ideia de "mocinha"?
É... demais pra mim (e para o pai dela rs).
E a amiguinha ligando em casa, pedindo por ela? Me faz pensar.
Sofia cresceu.
Questiona o que digo, escolhe o penteado, dá broncas no Theo.
Olho para ela e vejo seus dentinhos permanentes apontando. Já tem agendinha com o número da Amandinha, da Sophia M. e da Laura. Se é bom?
Sim. Olhar para ela e ver tudo isso acontecendo tem o lado bom. O coração desesperado de mãe quer cuidar, se questiona, quer interferir - às vezes até abusa e superprotege - , mas também entende que as coisas estão correndo naturalmente, como manda o figurino.
A vidinha dela está começando, penso. E tanta coisa ainda por viver e por desbravar.
Nestas horas, pego aquele baú antigo das vivências e recordações e coloco mais este momento especial lá dentro. Guardo com carinho junto desta sensação boa que cada fase vivida pela Sô (e pelo Theo), foi plena, cheia de risinhos, caras feias e descobertas.
E  a cada nova experiência deles é hora de reabrí-lo. Assim vamos construindo nossa vida como mães, vendo-os crescer e doando sempre o melhor do que já experimentamos e acreditamos.

segunda-feira, março 21

OUTROS TEMPOS


Sim, os tempos são outros.
A frase tem jeitão de clichê, mas algumas situações realmente ainda nos surpreendem. 
São hábitos, ideias e conceitos diferentes daqueles que aprendemos como únicos e corretos, em nossa formação como indivíduos.
Na última reunião escolar do Theo e da Sofia, ouvimos da diretora que a partir deste ano não mais veríamos no cronograma anual, datas distintas para a comemoração do dia dos pais e dia das mães. Passaríamos a comemorar o Dia da Família, em uma data ainda não definida. Isso porque muitas crianças não vivem mais naquele meio familiar convencional - pai, mãe e filho -, muitas são filhos ou filhas de dois pais ou duas mães.
Naquele momento, mesmo me achando uma mãe descolada, uma pessoa tranquila para abordar ou ouvir sobre quaisquer assuntos, me vi surpresa com o então Dia da Família.
Preconceito? Talvez. Porém, mais por nunca ter pensado muito a respeito, do que por inflexibilidade ou outros sentimentos puramente intolerantes. Nada grave, nada imutável.
Fiquei ali sentada, quietinha... pensando. E um misto de sensações dos mais enigmáticos, mais complicados de se compreender ficou por ali me cercando, rondando sorrateiro. Era um tanto de alegria, por perceber o posicionamento da escola dos meus filhos, e entender que a diretriz que estavam tomando era bastante firme e sensata  e mais um tanto de confusão, por me ver ainda tão surpresa com tais questões (estava ali a pessoa mais quadrada do mundo). Mas confesso aqui que foi divertido; ri muito de mim mesma, dos conceitos que trazia comigo, julgando-me moderninha (rs). Foi gostoso permitir e entender como positivas, todas aquelas decisões e todas as "novidades" que fazem e farão cada vez mais parte de nosso universo, especialmente o de nossos filhos.
Coincidentemente (ou não), a Pais e Filhos de março deu  espaço para o tema, e a matéria Duas Mães ganhou destaque na edição.
Polêmico? Suuuper!
Há muito sendo discutido acerca do assunto.
A ideia central na revista, é que crianças criadas por duas mães, tendem a ser mais equilibradas, mais preparadas e mais confiantes, do que as criadas por pai e mãe. Segundo pesquisas, mães são mais envolvidas e mais informadas sobre a rotina escolar dos filhos, por exemplo, são mais comunicativas e participativas, o que é fundamental para que uma criança se desenvolva de modo saudável. Além disso, pelo próprio contexto, mães lésbicas (e que fique bem claro que isto não é privilégio somente delas),  mostram-se mais tranquilas para abordar temas como sexualidade e outras coisas complicadas, com mais abertura e prontidão. 
Os pais divergem totalmente e defendem sua posição e a importância de seu papel, firmemente.
Difícil, não é? 
O tema traz, sem dúvidas, muitos pontos a serem discutidos. É denso e delicadíssimo sob meu ponto de vista aprendiz, de mãe e de mulher.

Uma criança precisa fundamentalmente de pai e mãe? Estas presenças são decisivas para a garantia de uma boa formação?
Aquelas criadas por duas mães, como tratou a materia, serão mesmo adultos mais equilibrados e auto-confiantes (o que é ser equilibrado neste sentido? Ser manipulável, menos ousado?)?
E o pai onde fica?
É certo dizer que nossa conduta ou a de nossos filhos seria outra (melhor e mais preparada) se não tivesse havido a presença masculina tão marcante para todos,  de uma ou de outra forma?

Prefiro dizer por mim. Que minha casa não é apenas o cantinho onde vivo com meus filhos e o (super) pai deles. É um  lar, um círculo de amor que nos envolve e aos nossos pequenos. E o amor, este sim, garante adultos felizes e prontos para pescar quando não tiverem o peixe pronto na mesa.

Aproveito para deixar também umas dicas bacaninhas sobre o assunto:

 O filme:
 Minhas mães e meu pai ,com Julianne Moore e Annette Bening.

E dois livrinhos bem legais (Fonte: Revista Pais e Filhos):
 Olívia tem dois papais, da Márcia Leite, Ed. Cia das Letrinhas



  O Livro da Família, de Todd Parr, Ed. Panda Books


P.S.: Março é o mês do Theo, que completou 5 aninhos no dia 19.
Deixo aqui registrado, filho, todo o amor e carinho que tenho por ti.
És sagrado, uma benção na vida da mamãe, assim como a Sofia. Beijinho!


Beijos a todos e boa semana!
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